14 de dez. de 2012

Frida (Frida, 2002)

   Primeiro antes de falar do filme só quero parabenizar a Salma Hayek, ela esperou oito anos para concluir esse filme, além disso, ela também participou da produção, coisa que eu acho muito importante para o crescimento de um ator como profissional, nós podemos ver esse envolvimento da atriz com o filme e isso é realmente muito legal. 
   Frida é um filme de língua inglesa que se passa no México, o filme conta a história real da pintora mexicana Frida Kahlo.
   Antes desse filme eu não conhecia Frida Kahlo, digo, conhecer eu conhecia, sabia que ela um dia foi uma pintora famosa e tudo, mas nunca pesquisei a história dela. Eu assisti a esse filme sem saber de absolutamente nada, claro que li a história real depois, mas é injusto julgar adaptação, se eu quisesse realmente toda a história real eu procurava uma biografia, coisa que não é o caso, pretendo na resenha que escrevo agora falar sobre o que eu vi, não sobre o que a história conta.
   Frida é um filme que foca bastante na vida sexual de Frida Kahlo, não é realmente uma coisa que passou a ser forçada ao longo do filme, mas me senti um pouco incomodada com tanto apelo. Eu pensava ver mais de Frida como artista, se esse filme era para ser uma homenagem passou longe, porque a Frida que eu vejo nesse filme é uma verdadeira piranha. Frida e Diego tinham um relacionamento explosivo para a época, ambos se traiam entre si e esse estilo de vida tomou conta de uma grande parte do filme, coisa que não era necessária.
   A Frida artista mostrada do filme é uma mulher nobre, que pinta com o coração dependendo do momento de sua vida, infelizmente colocaram a vida sexual dela em primeiro plano, eu adoraria saber suas razões e inspirações, pena que o filme não mostrou essas origens. Eu gostei muito das colocações da diretora Julie Taymor, ela mostrava a tragédia na vida de Frida e logo depois a ânsia de retratar essa tragédia em pinturas. A colocação foi feita de uma maneira simples sem ser uma coisa muito óbvia.
   Julie Taymor dirigiu o filme muito bem, eu realmente prezo demais a ordem cronológica e ela soube conduzir isso muito bem, tirando os efeitos especiais belíssimos. A cena sobreposta em que Frida corta o cabelo foi muito bem orquestrada, uma das melhores cenas do filme.
   Salma Hayek teve também uma atuação maravilhosa. Eu já até disse no início da resenha sobre ela também ser produtora do filme, ela exerceu bem ambas as funções, foi muito legal ela lutar para tirar esse filme do papel.
   Além da maravilhosa atuação de Salma Hayek o filme também teve participações memoráveis, como a de Geoffrey Rush e a infelizmente pequena de um dos meus atores favoritos Edward Norton, pelo qual eu cheguei a comprar o filme.
   A produção técnica foi de bater palmas, principalmente o figurino impecável da época. Eu vi algumas fotos e foi lindo como conseguiram ambientar tão bem aquela época para nossa década atual.
   Frida é um ótimo filme, mas infelizmente uma biografia mais ou menos. Eu senti falta do aprofundamento poético na vida de Frida, queria saber como certas coisas a afetaram em sua vida artística e muitas outras coisas. Eu também gostaria muito que esse filme fosse filmado em espanhol. Enfim, claro que o filme mostrou a forma de amor entre Diego e Frida muito bem, eles poderiam ser totalmente desproporcionais, mas se completavam da mesma maneira que a direção de arte, a maravilhosa trilha sonora, a caracterização e as atuações fizeram desse filme um filme de primeira qualidade.

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